Quais são as regras para um trisal?

Terapia de Trisal - Psicologo & Sexologo Wantuir Rock

Essa é uma das perguntas mais frequentes quando um casal começa a cogitar viver um relacionamento a três. Em meio ao fascínio da ideia e à excitação de algo novo, surge também uma ansiedade legítima: Como fazer isso dar certo? Quais combinados precisam ser feitos? Quais são os limites saudáveis? Como manter a conexão afetiva sem que um se sinta deixado de lado? Mas antes de buscar as regras ideais, talvez seja mais importante entender de onde vem essa necessidade por regras. Em geral, quando alguém pergunta quais são as regras para um trisal, o que está pedindo, no fundo, é segurança emocional. Está pedindo um mapa. Uma forma de não se perder. Uma tentativa de não sofrer.

E isso é profundamente humano.

A não monogamia, quando vivida de forma consciente, não é ausência de estrutura é construção de uma estrutura nova, baseada em diálogo, autorresponsabilidade e afetos que se expandem. Um casal que decide abrir espaço para uma terceira pessoa precisa, antes de tudo, revisitar sua base. Porque, se a base está frágil, qualquer tentativa de encaixar alguém novo pode gerar mais dor do que liberdade.

Não é incomum vermos pessoas tentando viver um trisal com base em regras rígidas que mais parecem contratos de empresa: só pode beijar com permissão, só pode transar em dias determinados, não pode dormir junto, não pode se apaixonar. O problema é que o amor não funciona sob vigilância. E o desejo também não.

Claro que estabelecer acordos é essencial. Mas um acordo só é saudável quando nasce de um lugar de maturidade emocional, e não de medo. Quando ele é construído a partir da escuta e da confiança, e não como reação ao pavor do abandono ou ao trauma da comparação.

Se você vive em um casal e está pensando em se tornar um casal trisal, é natural que procure por modelos. Talvez tenha visto alguma imagem de trisal nas redes sociais três pessoas felizes numa viagem, dormindo juntas ou compartilhando a rotina com leveza. Talvez tenha lido algo sobre casamento trisal, ou escutado relatos sobre trisal gospel, trisal nas Olimpíadas, ou até pesquisado por desenhos que representem o que é trisal e o que seria um trisal em V. Isso tudo pode inspirar. Mas é importante lembrar: o que você vê de fora nunca conta toda a história.

Viver um relacionamento trisal é, antes de tudo, uma construção profunda, emocional e cotidiana. Não existe trisal ideal, mas existem relações reais com desafios, com inseguranças, com necessidade de cuidado constante. E, ao mesmo tempo, com possibilidades lindas de conexão, aprendizado e expansão do amor.

Talvez você já tenha sentido isso. Talvez já tenha se apaixonado por duas pessoas ao mesmo tempo. Ou talvez esteja num relacionamento que, de forma inesperada, abriu espaço para uma terceira pessoa que mexeu com tudo. O coração pulsa, mas a cabeça entra em conflito. Será que estamos prontos? Será que dá certo?

Essas dúvidas são o primeiro sinal de que algo importante precisa ser conversado com mais profundidade.

Nesse momento, muitos casais correm para a internet em busca de sites para trisal, grupos no WhatsApp, experiências de outros casais, tentando encontrar um modelo pronto para seguir. Mas a verdade é que nenhum modelo externo vai substituir o trabalho interno que precisa ser feito.

Por isso, aqui vai uma provocação que pode mudar tudo: e se, em vez de perguntar quais são as regras para um trisal, a gente perguntasse primeiro quais são os medos, as expectativas e os desejos que esse projeto desperta em nós?

Essa é a proposta da Terapia de Casal com foco em Trisal.

Antes de trazer uma terceira pessoa para a relação, o ideal é que o casal passe por um processo de fortalecimento emocional. É nesse espaço terapêutico que se pode olhar com honestidade para as inseguranças que ainda não foram ditas. Para os ciúmes que ainda machucam. Para os ressentimentos antigos que podem voltar à tona quando o vínculo começa a se expandir.

Na terapia, é possível entender qual formato de trisal faz mais sentido para vocês: se é um trisal fechado, com exclusividade entre os três, ou se é um trisal em V, onde um se relaciona com dois, mas os outros dois não se envolvem entre si. Cada possibilidade pede uma dinâmica diferente e todas elas exigem escuta, sensibilidade e disposição para rever crenças antigas.

Talvez vocês descubram que querem algo mais afetivo. Ou talvez o desejo seja explorar sexualmente, sem vínculo romântico. O importante é que tudo seja acordado com verdade e não como tentativa de agradar ou reprimir o outro.

As vantagens de um trisal não se limitam ao prazer. Quando bem construído, esse formato pode aprofundar o vínculo, trazer novos aprendizados, abrir caminhos para a individualidade dentro da relação e quebrar ciclos de possessividade. Mas para que isso aconteça, é preciso abrir espaço para o autoconhecimento. Para a empatia. Para a escuta que acolhe, mesmo quando dói.

E é por isso que, mais do que buscar regras prontas, o casal precisa de um espaço seguro para conversar. Um lugar onde ambos possam falar o que sentem sem medo de julgamento. Onde possam sonhar juntos — e também se frustrar juntos, quando for necessário. Um lugar onde seja possível amadurecer o amor antes de expandi-lo.

Se você está vivendo essa fase de transição, entre o desejo de abrir a relação e a dúvida sobre como fazer isso da melhor forma, talvez esse seja o momento ideal para começar a terapia.

A Terapia de Casal com foco em Trisal, conduzida pelo Psicólogo e Sexólogo Wantuir Rock, é um espaço sensível e respeitoso onde vocês poderão se preparar emocionalmente para viver esse novo capítulo com responsabilidade afetiva, clareza de intenções e liberdade verdadeira.

Não é sobre ter todas as respostas. É sobre ter coragem de fazer as perguntas certas.

E se vocês estão prontos para esse passo, saibam que não precisam caminhar sozinhos.

AGENDE UMA CONSULTA

Wantuir Rock

Psicólogo CRP 04/432

Sexólogo CRS 16032424